domingo, 28 de agosto de 2011

Sentindo... (CARTA)


De um tempo pra cá andei pensando em muita coisa que gostaria de te falar. Expor todo meu sentimento, de verdade, pra ti. Mas em uma coisa você esteve certo: é difícil eu me abrir.
Realmente eu não sei expressar o que tem dentro de mim em forma de palavras faladas, principalmente quando algo dificulta.
Mas eu cheguei a conclusão que você não sabia, e nem sabe, muita coisa sobre mim.
Você não sabe que uma das minhas melhores formas de me expressar é escrevendo.
Você não sabe que, em muitos momentos, ao invés de desabafar com amigos, eu prefiro escrever tudo.
Escrevo... escrevo... e depois jogo o papel pra lá, me sentindo mais livre, mais aliviada.
Tenho tantos papeis desses jogados por aqui que nem sei por onde andam. Talvez alguém tenha pego e conhecido um pouco de mim...
Você não sabe que todas as vezes que deixo os nós pra formar laços (ou não), componho uma música.
Coincidentemente, ou não, as 3 músicas que compus foi exatamente depois que desatei nós amorosos.
Essas músicas? Estão por aí juntos com os papeis cheios de meus sentimentos.
Delas eu ainda lembro por que fiz melodia, e melodias marcam.

Marcas...

Um dia desse estávamos conversando sobre marcas, lembra?
Você, insensivelmente, falava sobre aquelas que a gente deixa na pele de outra pessoa... e eu pensando nas marcas que já deixei na lembrança delas, e principalmente, NA SUA LEMBRANÇA.
Quando a gente lembra com saudade de algo é por que este nos marcou, mas não quer dizer, necessariamente, que queremos voltar no tempo e viver tudo de novo.

Foi bom.
Foi encantador.
Foi saudoso.
Foi tudo.
Mas agora está sendo divertido.

Amizade é coisa que marca.
É algo que não se descreve em papeis nem em músicas.
Amizade se sente.
E é o que tenho feito ultimamente. Sentindo brisa, oxigênio. Sentindo que tudo está fluindo bem.
Sinto que os encantos não diminuem, não se perdem. Eles se renovam.
Sinto que amigos são anjos disfarçados de gente, como uma vez você falou em uma de nossas conversas, lembra? (você tem que lembrar.. a 'memória de esquilo' sou eu. rs)

Por isso, meu eterno bem, quero que saibas que és especial pra mim, como sempre foi.
Desatamos nós, mas sei que há laços entre nós que não se desfazem.

Quando deixei no seu caderno "Nossas digitais não se apagam das vidas que tocamos. Conte comigo" era como se ele fosse meu papel de sentimento e eu estivesse compondo mais uma música...

Para que isso não fique sem melodia, façamos dessa a nossa sintonia partir de agora:







Um beijo. DayA.

Um comentário:

  1. Nossa Daday,ando muito sensível ultimamente,e tu me vem com um texto desses??
    choro.
    "Sinto que os encantos não diminuem, não se perdem. Eles se renovam.."

    lindo,lindo.
    em algumas partes,me vi ali no escrito.

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